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CASTELO DA LOUSA – Memórias de um monumento submerso

Atualizado em 10/11/2022

Ao passarem 20 anos sobre a inauguração da barragem de Alqueva e sobre o processo de submersão e subsequente projeto de minimização de impacto patrimonial do vários sítios arqueológicos, o Museu da Luz inaugura uma exposição consagrada ao arqueossítio do Castelo da Lousa, classificado como Monumento Nacional. Embora submerso, o Castelo da Lousa e o espólio resultante das escavações anteriores à sua submersão continuam a ser alvo de constantes estudos. Esta exposição é a mais recente revisão histórica, arqueológica e de investigação sobre este sítio arqueológico.

O Castelo da Lousa, é um sítio arqueológico do período romano localizado na freguesia da Luz e encontra-se atualmente submerso pela albufeira de Alqueva.

Conhecido desde sempre pela população da Luz, que lhe terá atribuído este nome, só a partir de meados do século XX foi alvo de trabalhos arqueológicos.

Foi na década de 60 que Afonso do Paço e Joaquim Bação Leal iniciaram os primeiros trabalhos de investigação arqueológica. Estes trabalhos demonstraram-se fundamentais para a classificação do arqueossítio como Monumento Nacional em 1970.

O Castelo da Lousa seria ainda alvo de trabalhos arqueológicos em outros dois períodos diferentes. Na década de 80 pela mão do arqueológo alemão Jurgen Wholl. E no final da década de 90, já sob o comando da EDIA, o arqueossítio foi alvo de várias campanhas arqueológicas, tendo por objetivo a máxima recolha de espólio arqueológico e a preparação dos trabalhos de minimização de impactos patrimoniais causados pela construção da barragem de Alqueva e subsequente criação da sua albufeira que provocaram a submersão deste sítio arqueológico.

O espólio resultante das diversas escavações continua a ser estudado e a própria função deste sítio arqueológico, ocupado nos séculos I a.C. e I d.C., continua a ser debatida.

A exposição que o Museu da Luz apresenta é o mais recente estado da arte sobre o tema.

 

Texto: Museu da Luz